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Hannah Lima, consultora pedagógica do Laboratório Inteligência de Vida (LIV), do Grupo Eleva, esclarece, de uma vez por todas, a importância e o que é (ou são) as competências socioemocionais

Quando se fala em competências socioemocionais é comum que o conceito se
confunda ou misture ao da inteligência emocional e das habilidades socioemocionais. Pode parecer de início, inclusive, que é tudo a mesma coisa. Mas não é. Vamos ajudar você a entender a diferença a partir de agora.

Para esclarecer qualquer tipo de dúvida que possa ainda existir sobre o assunto — e para aprofundar no tema desta matéria –, fomos buscar ajuda com a consultora pedagógica do Laboratório Inteligência de Vida (LIV), Hannah Lima. 

“É possível dizer que a inteligência emocional é o que nos permite desenvolver
as habilidades socioemocionais. Já as competências são as habilidades já
cristalizadas”, desvendou a especialista, que também é jornalista e mestre em Antropologia.

Hannah continua explicando que as competências socioemocionais são um conjunto de aptidões que ajudam a lidar com próprias emoções e com as relações estabelecidas ao longo da vida. “É importante dizer que todos podemos desenvolver algumas dessas competências ao longo da vida, mesmo sem saber nomeá-las. Para desenvolver outras, ou mesmo para otimizar esse desenvolvimento, precisaremos de algumas ferramentas, num ambiente favorável/facilitador.”

Mas por que se tem falado tanto neste assunto e qual é, exatamente, a relevância de se desenvolver essas habilidades? E como fazê-lo?

Habilidades e competências socioemocionais podem ser aprendidas

O LIV foi lançado pelo Grupo Eleva  em 2017. A proposta é preparar os alunos para os desafios do século 21 por meio de um programa que desenvolve competências socioemocionais. Atualmente, o LIV impacta mais de 200 mil alunos e famílias de 350 instituições parceiras do grupo.

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Hannah Lima, do LIV

“O que o LIV propõe, enquanto programa socioemocional para escolas, é que a inteligência emocional seja olhada com o cuidado e a importância das disciplinas tradicionais”, explicou Hannah Lima.

A questão é que sentimos o emoções a todo a todo momento. Dessa maneira, é preciso ter as habilidades e as competências emocionais em mente para poder cuidar da saúde mental. “O LIV surge a partir da ideia de que habilidades e competências socioemocionais podem ser aprendidas por todas as idades com diferentes ferramentas”, disse a coordenadora.

Com a implementação das diretrizes curriculares da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a importância das habilidades socioemocionais entrou no radar da educação escolar. A partir desse movimento, houve um interesse maior sobre os seus benefícios.

“Acreditamos que não há processo de ensino e de aprendizagem sem as habilidades socioemocionais, mesmo que elas não estejam sendo cuidadas enquanto algo a ser desenvolvido. Isso porque aprender é um processo emocional e relacional”, resumiu Hannah.

Na BNCC, são as competências do século 21

Na BNCC, as habilidades socioemocionais são chamadas de competências do século 21. São definidas como um conjunto de comportamentos e aptidões que preparam alunos para o futuro. Em outras palavras, são estratégias que geram a capacidade de conviver em sociedade.

Pensamento crítico, comunicação, criatividade, trabalho em equipe, resolução de conflito e flexibilidade estão entre as habilidades que foram divididas em três domínios: cognitivo, intrapessoal e interpessoal. Recentes pesquisas sobre essas competências mostram que, se não todas essas competências, parte delas são importantes para promover que o aluno desenvolva o próprio aprendizado. A pesquisa “The future of jobs“, por exemplo, aponta que em 2030, 30% a 40% dos empregos requererão habilidades socioemocionais. 

Um outro estudo, feito pela revista Você S/A, fala de demissões: 87% delas nos
dias de hoje são por problemas comportamentais. “Ou seja, saber lidar com o que sente e como outro sente é primordial para o futuro profissional desejado. Além, claro, do desenvolvimento de autoconhecimento, que é primordial para perceber o que se deseja para futuro profissional e para perceber quando deseja mudar de carreira, por exemplo”, pontuou Hannah Lima.

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