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Educadores do TikTok adotam a plataforma que virou febre durante a pandemia do coronavírus para se aproximar ainda mais de seus alunos

O TikTok virou uma febre durante a pandemia de 2020. O aplicativo formado pelos vídeos curtos e interativos caiu no gosto da geração Z com uma rapidez impressionante. Estima-se que já reúna 2 bilhões de usuários em todo o mundo. A maior parte — cerca de 70% dos usuários — tem entre 17 e 24 anos.

A rede social de origem chinesa, criada pela empresa Bytedance — já foi considerada a “startup mais valiosa do mundo” — em 2012, tornou-se o app mais baixado no primeiro trimestre de 2020. Mas o maior feito foi o de ter atraído a atenção de muitos professores, que viralizam no ambiente produzindo vídeos educativos.

Rich Waterworth, chefe das operações do TikTok na Europa, revelou, em meados do ano passado, que o aplicativo percebeu um grande interesse dos usuários em consumir vídeos educacionais com a viralização da hashtag #LearnOnTikTok (aprenda no TikTok, em tradução livre).

“No futuro, o #LearnOnTikTok trata de investir em parceiros e criadores de conteúdo com uma variedade de conteúdo profissional. Acreditamos que se trata de aplicar o poder do TikTok ao aprendizado: os efeitos, o áudio, as transições, as ferramentas que o tornam tão envolvente e divertido, para que as pessoas gostem de aprender”, afirmou Waterworth para a BBC, na ocasião.

Conheça alguns dos perfis de professores no TikTok

O professor Thuann Wueslley Medeiros leciona para a 1ª série do Ensino Médio do Colégio Positivo – Joinville. Nesse período de pandemia, sentiu que precisaria de mais do que apenas a criatividade para despertar o interesse dos alunos nas aulas online. Separados por algumas telas de distância, os estudantes tinham à disposição uma infinidade de opções mais atraentes que o conteúdo de Biologia, por mais dedicado que fosse o professor.

Para ganhar a atenção e o interesse de sua plateia agora virtual, Medeiros foi buscar na tecnologia e nas redes sociais a inspiração para continuar ensinando os conteúdos em plataformas que os adolescentes já utilizam diariamente para o entretenimento. Com o celular na mão, passou a produzir alguns vídeos sobre biologia para o TikTok.

“Hoje em dia chamar a atenção da garotada está se tornando cada vez mais difícil, por isso acredito que explorar as novas tecnologias é super importante para chegar um pouco mais próximo dessa galera e da linguagem que eles estão acostumados a usar”, disse o professor, que já conta com mais de dois mil seguidores na rede onde compartilha conhecimentos usando a estética de vídeo que conquistou os mais jovens por lá.

Alguns dos perfis a serem seguidos foram selecionados pelo Educador21. Confira:

O aplicativo, que tem mais de 100 milhões de usuários, é uma plataforma de vídeos curtos em que os desafios são muito populares. Além do TikTok, o professor Medeiros começou a trabalhar com os estudantes utilizando o Labster, uma plataforma online que simula situações de laboratório e é usada por instituições de renome internacional como o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e a Universidade de Harvard.

“Como a disciplina conta com aulas práticas, foi interessante levar esse cenário virtual aos alunos. Por ser uma forma dinâmica e interativa de aprendizado, eles têm um desafio ainda maior”, explica o professor.

No Labster estão disponíveis conteúdos digitais não apenas da área da Biologia, mas também de Química, Física, Medicina e Engenharia. Dentro dos materiais de simulação da seção de Biologia estão mitose e meiose, hematologia e clonagem molecular. Dessa forma, os estudantes podem ter uma ideia melhor de como os processos biológicos acontecem, fixando o conteúdo com mais facilidade.

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